Peça rara, encontrada nas instalações da Sede Social do Clube. Estava em um saco preto de plástico. Depois de receber limpeza, pode-se observar assinatura de vários atletas profissionais do Taubaté, que participaram do último jogo no campo do Bosque, bem como, a data da despedida daquela querida casa.
A bola do jogo foi envolvida em uma caixa em acrílico e está guardada na sala de troféus na Loja do Burro / E.C. Taubaté.
A PRAÇA FOI REFORMADA PARA USO DO E.C. TAUBATÉ
O campo do Bosque foi palco de grandes espetáculos proporcionados pelo E.C. Taubaté. A Praça Monsenhor Silva Barros que havia recebido embelezamento, inclusive a canalização do córrego Sagüiru, que ali passava. Foi inaugurada em 14.12.1914 – 2ª feira. A partir de 08 de janeiro de 1915, a Praça Monsenhor Silva Barros, foi cedida para uso do E.C. Taubaté. A cessão foi feita através de Resolução nº 42, registrada no Livro de Registro de Leis Municipais da Câmara Municipal de Taubaté de nº 4, página 23, que autorizou a Prefeitura a fazer cessão gratuita, da parte do Parque ao então Sport Club Taubaté, para que ali realizasse suas diversões. Na época o Dr. Gatão Aldano Vaz Lobo da Câmara Leal era o Prefeito Municipal.
O JOGO DE DESPEDIDA
Em 22 de outubro de 1967, o E.C.
Taubaté, recebeu e venceu pelo placar de 5 X 2, a equipe do XV de Novembro da cidade de Jaú, em jogo válido pelo campeonato paulista.
Na preliminar dessa partida, os veteranos e campeões de 1954 do E.C. Taubaté recebeu e venceu os veteranos da AA Ferroviária por 4X0, gols de Bertho (2), Zé Américo e Renatinho. Primeiro tempo 3X0. E.C. Taubaté: Sérgio, Nilson, Rubens Pelicioti, Celso, Máximo, Zé Américo, Ivan, Silvio, Durval, Bertho e Renatinho.
Na foto da preliminar, pelo lado do E.C. Taubaté, aparecem: Rubens, Celso, Micheli, Ivan, Silvio, Bertho, Renatinho, Sérgio, Máximo, Zé Américo e Tek. Mascote, Beto Drumond.
Aparecem ainda, Geraldo (ropeiro), Moreirinha, Santana (massagista) Dalécio e o presidente Joaquim de Morais Filho. Como não podia faltar, o ”burrinho” também pousou para a histórica foto.
Pelo lado da AA Ferroviária, Abssínio, Ivan Mendes, Orlando Fonseca, Ge, Valter, Nelson Naresi, Anderson, e outros.
Confira a Ficha técnica do Jogo Principal
26ª Rodada – Data: 22.10.1967
EC Taubaté 5×2 EC XV de Novembro (Jaú)
Local: Estádio da Praça Monsenhor Silva Barros – Campo do Bosque
Renda: NCR$ 551,00
EC Taubaté: Sérgio (Barrela); Cláudio Tifu, Bimbo, Zé Roberto e Vaguinho; Pampolini e Miro; Fernandes, Gardel, Adilson e Jaime – Técnico: Gilson Silva
EC XV de Novembro (Jaú): Fernando; Lourival, Adilson, Tota e Ari; Capelossa III e Nascimento; Atílio, Giba, Capelossa I e David – Técnico:
Árbitro: Carlos Drumond da Costa
Gols: 1º Tempo – Fernandes (T) aos 23’; 2º Tempo – Lourival (XV) – contra – aos 5’, Adilson (T) aos 10’, Giba (XV) aos 15’, Pampolini (T) aos 19’, Fernandes (T) aos 22’, Giba (XV) aos 38’
DETALHES IMPORTANTES DO JOGO
- Sérgio, goleiro do E.C. Taubaté foi substituído aos 36´do 2º tempo por contusão;
- Pampolini, médio que veio da Portuguesa Desportos, ex-Botafogo do RJ, estava sem contrato mas fez questão de participar desse jogo.
- Sinésio Cunha Barbosa, ex-atleta, aos 73 anos compareceu no estádio para ver o jogo. Foi dele o pontapé inicial da partida. Ele foi o primeiro centro médio do E.C. Taubaté e o primeiro capitão da equipe.
- Antes do início da partida estiveram também no centro do gramado os veteraníssimos, Oswaldo Barbosa Guisard, Moacyr Peixoto, Ismael, Alvarenga, Romeu Simi, Adalgiso Simi (Aldo) e o então presidente Joaquim de Morais Filho.
- A nota triste foi o estado de saúde de Benedito, um dos maiores centro-avante do E.C. Taubaté, que disputou o campeonato de 1954. A imprensa sempre destacava que “ele fabricava gols espíritas”. Benedito foi até o centro do gramado e saudou a torcida presente, com gestos feitos com a cabeça e seu braço esquerdo, pois o braço direito estava paralisado, em decorrência a um derrame sofrido pelo ex-atleta do E.C. Taubaté.
- Ao final do jogo em que o Taubaté venceu pelo placar de 5X2, dirigentes do clube e torcedores foram para o gramado, onde retiraram as traves. A Banda de Música presente tocou a Valsa da Despedida.
Parabéns Moacir por preservar a história e a memória do nosso glorioso Burro
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